terça-feira, 21 de junho de 2011

ENTREVISTA DO TECNICO MERRINHO CONSEDIDA AO REPORTER GUTO SANTOS E WALDEMIR VIDAL.

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GUTO SANTOS- Uma avaliação do Campeonato baiano da segunda divisão edição 2011.

MERRINHO- Primeiro quero agradecer toda Jequié, o presidente da ADJ Jorge Amado e toda diretoria por ter lembrado do meu nome para tentar voltar a equipe a primeira divisão o que infelizmente não conseguimos, e pedir desculpas ao torcedor, pois eu vim para fazer um trabalho e satisfazer o anseio do torcedor que era levar o time para a elite do futebol da Bahia, mais tenho consciência que dei o meu melhor e esse melhor não foi bem interpretado aceito, mas vou sair de cabeça erguida por tentar fazer o melhor e o que posso dizer é que houve uma admiração muito grande por todos, por vocês da imprensa pelo torcedor de fato e de direito onde fui sempre abordado nas ruas com grande carinho, por isso saio feliz com a cidade de Jequié, porém triste por saber que precisa do futebol profissional e infelizmente chegamos numa final com um equipe bem mais forte que agente, mais no futebol não temos que ter vergonha de dizer que fomos inferior.

G.SANTOS- O que faltou para a Associação Desportiva Jequié –ADJ- para conquistar o acesso a primeira divisão, faltou maturidade na equipe?

MERRINHO- Essa competição é uma competição complicada, digo isso porque já trabalho nela a vários anos e se você não tiver um time com muito equilíbrio e principalmente emocional você não tem sucesso, não quero aqui ficar citando exemplo de outras equipes mas o Galícia tem tantos anos tentando, é uma equipe da capital que tem uma tradição imensa e até então não conseguiu, então o Jequié deu um passo muito importante, se nós tivéssemos (num todo), Diretoria, Comissão técnica trazido mais uns quatro jogadores mais experiente com mais conhecimento da competição poderíamos ter chegado mais adiante.

G.SANTOS- Quais as maiores dificuldades que você encontrou para realizar seu trabalho?

MERRINHO- Honestamente, aqui em nível de segunda divisão foi me dado uma boa condição não me faltou o material necessário e apoio por parte de toda diretoria, já mais deixamos de trabalhar por falta de material, tenho que agradecer a secretaria de esportes, o Dadai, Besouro, o Prefeito, pois o que faltou mesmo foi uma equipe um pouco mais madura, essa competição é rápida e não se pode errar e nós erramos pela nossa inexperiência. (se refere ao time).

G.SANTOS- Você sai com a sensação do dever cumprido?

MERRINHO- Não! Não porque não subiu o time (risos), se eu tivesse subido o time ai sim estaria com dever cumprido, então ficou pela metade.

G.SANTOS- Quais jogadores que esteve no grupo e que você acredita num futuro promissor dentro do futebol?

MERRINHO- Essa é a vitoria da gente, e ficamos felizes pois somos cobrado para ser campeão, levar o time a primeira divisão, mas também fazemos um trabalho de revelar jogadores e isso tenho feito em todas as equipes que passei, e aqui tem garotos que nunca foram vistos em time profissional, acreditamos neles e tivemos a coragem que poucos treinadores tem porque as vezes somos xingados e chamados de mil coisas, mais aqui temos o Jojó que dispensa comentário, que com um trabalho bem feito será um grande zagueiro e quem sabe estará no futuro em uma grande equipe do futebol brasileiro, tem o Nairlon, uma capacidade imensa, um jogador jovem, alto, forte que agente vinha trabalhando com carinho, tem o Guga que inclusive conversei com ele e vamos ver um jeito de colocá-lo em outra equipe quem sabe já na taça estado da Bahia e Railan, um craque, que para mim joga em qualquer equipe do futebol do Brasil, tem uma técnica altamente aprimorada é um dom que Deus deu pra ele.

WALDEMIR VIDAL- Você aceitaria continuar no comando técnico da Associação Desportiva Jequié, caso fosse convidado pela diretoria?

MERRINHO- Sinceramente ainda não pensei nisso, pois, ainda estou respirando a tristeza da derrota mas se falasse isso já estaria aqui, porque todo trabalho tem que ter uma seqüência

WALDEMIR VIDAL- Jogadores revelados e que seriam aproveitados, seria importante que a diretoria da ADJ continuasse o trabalho ainda nesse segundo semestre de 2011 para que na competição de 2012 já tivesse um time montado? Seria esse um conselho seu para a diretoria?

MERRINHO- Conversei com o presidente Jorge Amado sobre isso e ele disse que não iria para, mais haverá um planejamento para se dar um novo pontapé, é sim, pensamento de a diretoria continuar o trabalho que estar sendo bem feito.

WALDEMIR VIDAL- A Associação Desportiva Jequié, Botafogo e a Jacuipense, são equipes que reestreiaram na competição e que dificilmente essas equipes conseguiriam retornar a elite do futebol baiano, tivemos aí a equipe do Bahia de Feira de Santana pelo fato do alto investimento feito pela sua diretoria e a experiência de seus diretores dentro do futebol.

MERRINHO- Correto inclusive posso falar pra vocês que acompanharam com muita capacidade de analisar isso aí, nós jamais jogamos duas partidas com os mesmos jogadores, era jogador estreando, jogador machucado, jogador com deficiência técnica, e futebol é uma seqüência, é semelhante a uma banda de música tem que ter harmonia.

WALDEMIR VIDAL- Em uma entrevista sua você disse que seu maior objetivo era o futebol com dois pontas aberto jogando no 4-3-3, que seria o adequado. Mas hoje em dia não existe mais isso Merrinho.

MERRINHO- É Porque de repente tem jogador de futebol, (não me interprete mal não) não que seja inteligente, é como falei aqui o Railan, qual foi a escola de Railan, nenhuma! É um dom que Deus deu pra ele, é um jogador que se pode usar em qualquer lugar do campo, mais a maioria dos jogadores de futebol hoje não tem esse dom, muitos por ai tem escolinha, escolinha de gente que nunca chutou uma bola e fica inventando moda, então quando se tem uma escolinha de gente que jogou futebol não se tem nenhum apoio e o cara vem pro futebol porque dar dinheiro, da mulher, mas não tem dom, e agente tem que fazer dom no jogador sem ele ter ai fica muito difícil, tem jogador que se você colocar pelo número da camisa ele se confunde, isso é questão de inteligência e isso você não pode dar ao jogador e nem a ninguém, não sou mais inteligente que ninguém, mais joguei numa era em que sete era ponta direita e 11 ponta esquerda, era um futebol mais bonito, porem os Ingleses vendo a potencia do nosso futebol começaram a mudar e nós brasileiros entramos nessa e acabamos com o futebol bonito que era pelos lados do campo, criando os alas, e os caras vão mil vezes no fundo e cruzam duas mil errada, já o ponta vai uma vez e cruza certo, é difícil analisar isso hoje porque vão dizer que é saudosismo.

WALDEMIR VIDAL- Qual foi a partida mais difícil da ADJ na segunda divisão e o jogador surpreendeu e o que decepcionou?

MERRINHO- Todas as partidas foram difíceis, mas acho que nos perdemos melhor espaço dentro da competição quando empatamos com o Itabuna dentro de casa, com aqueles dois pontos poderíamos ser o primeiro da chave, e pegaríamos o Ipiranga, não que o Ipiranga seja fosse um time fácil, mais era bem mais leve do que a Juazeirense que é uma equipe bem mais experiente com jogadores vindo da primeira divisão bem mais preparados, porem quando perdemos, perdemos para nós mesmos e se perdemos para nós mesmos é porque erramos. A revelação para mim foi Railan, pois estou a vários anos no futebol e faz tempo que não vejo um jogador com tanta qualidade técnica sem ter técnico, e frustração não houve nenhuma.

GUTO SANTOS- Suas considerações finais, e uma mensagem aos torcedores que compareceram aos jogos e de um modo geral.

MERRINHO- O que tenho a dizer á que tenho um carinho muito grande por Jequié e isso é de longos anos, muito obrigado de coração e pedir desculpas porque futebol é levado a paixão e essa paixão contagia agente, eu já havia prometido que quando trabalhasse fora de Feira de Santana não iria fazer mais amizade porque agente sai muito triste, pois me dedico muito ao carinho, vocês da imprensa, do torcedor, de todos, então digo que continue tendo fé e continue amando esse time que tenho certeza que um dia vai voltar a primeira divisão e dar muitas alegrias, obrigado a todos, obrigado Jequié.

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